“I have climbed the highest mountains
I have run through the fields
But I still haven’t found what I’m looking for”
Por mais que a gente caminhe, não é fácil encontrar o que se busca. Mais difícil ainda é saber o que buscar.
Passei dez dias viajando para tentar ter um tempo para mim mesma, para me conhecer e me entender melhor. Descobri o que quis e o que não quis. Senti saudades, aproveitei o vinho, a chuva e o sol. Ri, dancei, chorei, tive medo. Conheci pessoas e lugares incríveis, algumas/alguns por poucos minutos. Mas me conheci ainda mais. E isso foi o mais incrível.
Ficar sozinho pode ser uma verdadeira montanha-russa, por dentro e por fora, especialmente quando se arrisca a estar longe do que se conhece. É estar sozinho física e emocionalmente, é não ter nada familiar ao seu redor. E é nessa hora que os caminhos abrem para o que a gente mais precisa encontar. Ou pelo menos te mostram onde é preciso começar a cavar.
Ítalo Calvino, em seu livro “As Cidades Invisíveis”, diz que “de uma cidade, não aproveitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas.” Eu voltei com respostas, sim, mas com ainda mais questões.